Reflexão sobre as didáticas

Não restam dúvidas de que a escola deve ser um espaço de formação e transformações. O processo ensino-aprendizagem é a base fundamental a toda e qualquer instituição que objetive o ensinar e o aprender.Porém com a elevação da indisciplina, não é difícil constatar a fragilidade deste processo. Este processo, realiza-se numa constante dialética, em que é certo ensinar aprendendo. Assim, me reposto a Comênio que destaca que a aprendizagem deve partir dos sentidos, percepção, experiência dos alunos. Ainda citando Comênio, o pensador aprova que os alunos façam experiências por conta ou com orientação, aprendendo a partir das próprias observações e não somente repetindo o que os outros dizem.
Sem dúvida cabe ao professor planejar sua aula, com metodologia diversificada, levando em consideração alguns fatores em relação ao aluno tais como: respeito a bagabem de experiências e aprendizagens trazidas por este aluno, realidade na qual ele está inserido, outros.
Desta forma, a didática vai sendo construída entre professor e aluno em situação de cumplicidade, em que a opinião e as ideias deste aluno passam a ser fundamentais. Não há uma fórmula para isto, mas sim uma reflexão constante, acerca da prática pedagógica dos professores atualmente.

A informática e a educação

A indisciplina é percebida de maneiras diferentes por alunos e professores; um ato indisciplinar para um professor, pode não ser para outro professor; portanto, a indisciplina escolar pode ser atribuída a fatores externos à escola, outros acham que são fatores que envolvem a conduta do professor, sua prática pedagógica, entre outros fatores. Entre os alunos, o conceito de indisciplina também é contraditório, pois, a indisciplina não envolve somente características encontradas fora da escola como problemas sociais, sobrevivência precária, baixa qualidade de vida, além de conflitos nas relações familiares, mas aspectos envolvidos e desenvolvidos na escola como a relaçõa professor-aluno. A escola recebe sujeitos heterogêneos, de diferentes classes sociais, com diferentes histórias de vida e com uma bagagem cultural que muitas vezes é negada pela escola.

O uso do computador com softwares educacionais que visam "promover a aprendizagem autônomas das crianças" é uma importante ferramenta a disposição do professor comprometido com a qualidade de suas práticas pedagógicas, que podem auxiliar no processo ensino aprendizagem. O computador como instrumento pedagógico, além de tornar as aulas mais atraentes e diferenciadas, leva o aluno a construir uma educação voltada para a realidade atual, facilitando também as relações interpessoais.

O Lúdico e a In(disciplina)

Através das leituras para complementação do TCC " A In(disciplina) na Escola", destaco os enfoques abordados na Interdisciplina Ludicidade e Educação - Eixo III, que afirma claramente a importância dos jogos e brincadeiras nos anos iniciais. O lúdico na escola pode oferecer benefícios as crianças, possibilitando um desenvolvimento completo do corpo e da mente. Por isso, na atividade lúdica, o que importa não é somente o produto da atividade que dela resulta, mas a própria ação, momentos de fantasia que são transformados em realidade, momentos de percepção, conhecimentos, momentos de vida. O lúdico também estimula a afetividade, despertando sentimentos, valores,emoções,sofrimentos, interesses e alegrias.

É por todos esses motivos que a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não deve ser vista apenas como diversão, mas também com o aprendizado. Os desenvolvimentos pessoais que a ludicidade proporciona, facilitam o processo de socialização, comunicação, construção do conhecimento, além do desenvolvimento dos indivíduos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

Com a ludicidade se aprende a lidar e equilibar as emoções, a criar um ambiente estimulante e prazeroso, propicio a uma aprendizagem significativa. Ao reconhecermos a importância da ludicidade como ferramenta pedagógica, que pode e deve ser usada como forma de transformação e libertação, poderemos entender e minimizar a problemática da indisciplina dos alunos em sala de aula.

A INDISCIPLINA E O PAPEL DA FAMÍLIA

O conceito de família nem sempre foi o mesmo, sofreu alterações de acordo com o evoluir dos tempos. A infância, como conhecemos hoje, foi constituída socialmente pelos moralistas e homens da igreja. Os termos criança ou adolescente, não existia, a criança não tinha infância, era considerada um "adulto jovem". A este porpósito, me reporto ao texto "A maquinaria escolar", de Varela e Uria (1992), estudado na Interdisciplina Escolarização, Espaço e Tempo - Eixo II, que segundo descreve o historiador Ariés, "passava-se directamente de criança muito pequena a adulto jovem, sem passar pelas várias etapas da juventude de que eram talvez conhecidas antes da Idade Média e que se tornava o aspecto essencial das sociedades evoluídas dos dias de hoje".
Educar na infância, foi o mecanismo desenvolvido pela igreja para a conservação de seus padrões morais e autoridade eclisiástica.A educação era fundamental a príncipes e herdeiros que constituíriam a futura liderança das nações, que no contexto dos Estados absolutos, determinaria a religião em todo o território. Já os filhos do pobres, seriam alvo da caridade cristã, sendo instruídos e doutrinados a fim de se tornarem bons cristãos e por consequência bons trabalhadores, submissos a seus mestres.Era deste modo que adquiriam conhecimentos e valores essenciais à sua formação.A família não demonstrava afetividade, embora o amor fosse um sentimento ofertado pelas pessoas próximas das crianças tais como as ama, os serventes, os vizinhos, etc.
Com as alterações sociais, a família tem passado por grandes transformações. O número de filhos diminuiu, o casamento tornou-se mais instável, aumento das famílias monoparentais e recontruídas, as mulheres passaram a ter uma atividade profissional, estudaram, conquistando a independência econômica relegando muitas vezes a maternidade para segundo plano.
Hoje em dia, abordam-se em família, assuntos que eram impenssáveis no passado. Os pais já não são senhores absolutos da lei e da ordem, nem os únicos cuidadores dos bens da família. Contudo, devido às exigências atuais, os pais cedo tem colocado seus filhos em creches ou escolas. Chegam em casa exaustos, após um dia de trabalho, têm ainda as lidas domésticas ou trazem trabalho para casa. A criança é colocada para ver programas de televisão muitas vezes impróprio para sua faixa etária, ficando assim sem a atenção de um adulto. As crianças assitem programas de televisão nas quais muitas vezes os personagens usam de agressividade para conseguir os seus intentos, por vezes são até atos "nobres" tais com o salvar um amigo em perigo ou para salvar o planeta. O poder de sedução da televisão e a capacidade de imitação das crianças formam uma cumplicidade que pode atuar de forma negativa na formação cognitiva destas, muitas vezes prejudicando o desenvolvimento intelectual, fenômenos percebido nas ações dentro do ambiente escolar, resultando em alguns casos o inssucesso escolar, dando origem à marginalização e exclusão social. Na realidade, percebe-se que as escolas não estão preparadas para enfrentar os problemas atuais de indisciplina.
É necessário que a comunidade educacional, organize-se em conjunto, para refeltir sobre a problemática da indisciplina na escola, buscando minimizar estas condutas. A organização pedagógica também é essencial para a prevenção dos problemas relacionados com a indisciplina e a violência escolar.