domingo, 4 de outubro de 2009

Autoridade em crise

A sociedade tem presenciado nos últimos tempos um certo caos na educação.A falta de limites aumenta a sensação de onipotência, que gera a violência,angústia e sensação de insatisfação.A visão de que a vida em família esteja em constante harmonia, paz e serenidade é absolutamente incorreta.Viver é administrar conflitos na família, local de trabalho,lazer,outros.Percebe-se que algumas famílias,com medo de que seus filhos deixem de gostar dos pais,estão se ausentando da responsabilidade de desenvolver uma certa autoridade.Medo de punir ou de sufocar a personalidade,a criatividade dos filhos é usado como justificativa por alguns pais inseguros e desonrientados em relação à função paterna.Educar é ensinar a obedecer as regras às quais nós,adultos também estamos sujeitos;uma das funções paternas e dar limites adequados e proporcionais,proporcionando a sensação de segurança a crianças e adolescentes.Quem cresce sem uma determinada autoridade,vive angustiado,pois não encontra uma barreira que o proteja de si mesmo e do mundo exterior.A violência,falta de limites por alguns pais, professores e das escolas,não deveria ser analisada como uma passagem da infância para a adolescência, mas ainda o é,talvez nos últimos tempos de forma mais perversa já observada na sociedade.O tema violência escolar,expressa nas salas de aula,é bastante frequente.Ocorre uma situação invertida,em que há um descarado autoritarismo dos alunos em relação aos professores e a escola,que deve aceitar tudo.Acredito que desadaptação na adolescência sempre houve,mas agora esta pior,porque esse período se inicia mais cedo e termina bem mais tarde,ocorrendo fenômenos de intensidade e agressividade muito maiores.A família está desorientada,com valores e critérios em crise.Atualmente não se sabe mais as regras para a educação e o papel de pais, escola e sociedade como educadoras.Durante os anos que tenho de docência já observei muitos atos de agressividade,contudo esse atos que antes eram somente verbais,e que eram resolvidos com uma conversa ou até mesmo em alguns caso mais graves com a intervenção da direção,hoje já fugiram muitas vezes do nosso próprio controle.Até o momento me considero uma educadora privilegiada,na instituição de ensino onde trabalho, casos de agressividade são raros, buscamos com a equipe diretiva,estar sempre atentos a qualquer indicio de desentendimento entre alunos, que venha a se tornar uma situação descontrolada,levando a incidência da violência verbal ou física.
Adaptação de artigo do jornal Zero Hora

2 comentários:

Patrícia_Tutora PEAD disse...

Pois é Sandra, certos valores estão se perdendo nos últimos anos. Você diz que é uma educadora privilegiada, que em sua escola há poucos casos de agressividade. Há que fatores você atribui isso? Existe algum trabalho integrado entre escola e família? Fale um pouco sobre isso...

sandrazm disse...

PREZADA PATRICIA...quando cito minha escola, não quero dizer que não existam problemas...mas contamos com professores e uma equipe diretiva que busca junto a comunidade, soluções para os problemas que surgem( violência verbal e física,dificuldade de aprendizagem,frequencia,outros),sendo assim vejo este ato como uma real integração escola e comunidade.Espero ter satisfeito sua pergunta!
Grata